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Diretora Executiva da ITTO destaca o valor da plataforma do Fórum GLSTF no Fórum das Nações Unidas sobre Florestas

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A Diretora Executiva da ITTO, Sheam Satkuru, salientou que as florestas prestam serviços vitais além da madeira - tais como regulação climática e geração de meios de subsistência - e advertiu que, se esses benefícios não se refletirem nos orçamentos nacionais, há o risco de subvalorizar recursos naturais essenciais. Foto: Ramon Carillo/ITTO  

Como parte da semana de reuniões em Nova Iorque, em 6 de maio de 2025 a Organização Internacional das Madeiras Tropicais (ITTO)  contribuiu ativamente para os debates voltados a impulsionar as Metas Florestais Globais e o Plano Estratégico das Nações Unidas para as Florestas 2017-2030, durante a 20ª sessão do Fórum das Nações Unidas sobre Florestas (UNFF20).

Promoção da colaboração setor público-privado  

A ITTO participou do evento paralelo “Desbloqueando o Potencial: Colaboração Setor Público-Privado para Avançar nas Metas Florestais Globais”, coorganizado pelo Comitê Consultivo sobre Indústrias Florestais Sustentáveis (ACSFI) e pelo Conselho Internacional de Associações de Florestas e Papel (ICFPA). O evento realçou o papel essencial do setor florestal na transição para economias de carbono neutro e positivas para a natureza, bem como a posição única do setor privado florestal para apoiar o alcance das metas ambientais globais.

Sob o tema “Aproveitar Sinergias: Colaboração Setor Público-Privado”, a contribuição da Sra. Satkuru centrou-se no papel fundamental da Parceria Colaborativa sobre Florestas (CPF) - aliança voluntária de 16 organizações internacionais com programas relacionados às florestas - na construção de parcerias colaborativas e orientadas a resultados para a gestão florestal sustentável, além do papel da ITTO nas iniciativas público-privadas. Ela enfatizou a importância de aprender com as experiências mútuas e de construir conhecimento coletivo para maximizar benefícios para países e comunidades dependentes das florestas. Ela também sublinhou a necessidade de uma participação inclusiva de múltiplas partes interessadas, que inclua, sem dúvida, Povos Indígenas, comunidades locais e pequenos proprietários.

“O setor privado não é apenas uma parte interessada; é um motor de inovação, investimento e responsabilização. Para atingirmos nossos objetivos florestais, o setor público precisa garantir regras claras, justas e exequíveis, apoio contínuo e incentivos alinhados, para que empresas de todos os tamanhos prosperem enquanto protegem nossas florestas”, afirmou.

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Sheam Satkuru explica como a ITTO fomenta parcerias público-privadas de impacto para promover a gestão florestal sustentável e o comércio responsável de madeira tropical, fazendo a ponte entre políticas e práticas para benefícios ambientais e econômicos duradouros. Foto: Ramon Carillo/ITTO  

Destacando o trabalho pertinente da ITTO, ela ressaltou o duplo mandato da Organização - diversificar o comércio de madeira tropical e de produtos florestais não madeireiros provenientes de florestas manejadas de forma sustentável e legal. Ela mencionou o Programa de Cadeias de Abastecimento Legal e Sustentável (LSSC) da ITTO e o Fórum Global de Madeira Legal e Sustentável (GLSTF) como plataformas-chave para envolver os setores público e privado. Essas iniciativas promovem a colaboração entre os atores da indústria madeireira para adotar cadeias de abastecimento legais e sustentáveis, fortalecer a cooperação internacional e apoiar bioeconomias circulares inclusivas. Por meio de análise de dados, transparência de mercado e monitoramento do comércio, a ITTO ajuda os países-membros a terem acesso a informações fidedignas e a construírem mercados estáveis e responsáveis.

A Sra. Satkuru refletiu sobre os desafios que a CPF enfrenta ao defender a gestão florestal sustentável nos debates climáticos globais, onde o papel das florestas é cada vez mais reconhecido, mas nem sempre plenamente refletido nos marcos políticos. Ela reafirmou a importância de uma defesa persistente e unificada, especialmente nas negociações internacionais sobre clima e biodiversidade.

Ela reiterou ainda o papel vital do setor privado na transição para uma bioeconomia circular. Ela destacou a necessidade de marcos regulatórios claros e estáveis que permitam ao setor privado investir, inovar e entregar resultados de sustentabilidade de longo prazo. “Uma bioeconomia circular já não é apenas uma visão - é uma necessidade. O setor privado deve estar capacitado e habilitado para liderar essa mudança, e isso começa com a construção de confiança, transparência e oportunidades”, acrescentou.

Valorização dos serviços ecossistêmicos florestais  

No mesmo dia, um painel dedicado no UNFF20 abordou a valoração econômica dos serviços ecossistêmicos florestais e a necessidade de mudanças sistêmicas para integrar esses valores aos marcos de políticas nacionais. Estudos mostram que a degradação da terra custa, em média, 9% do PIB dos países. No entanto, os serviços ecossistêmicos das florestas permanecem em grande parte invisíveis nos sistemas contábeis tradicionais, levando a decisões políticas que podem, inadvertidamente, impulsionar a desflorestação e a degradação. Alcançar a Meta Florestal Global 2 - aumentar os benefícios econômicos, sociais e ambientais baseados nas florestas - exige reconhecer o verdadeiro valor das florestas.

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O UNFF20 destaca a importância de valorizar economicamente os serviços ecossistêmicos florestais e a necessidade de reformas sistêmicas para incorporar esses valores nos marcos de políticas nacionais. Foto: Ramon Carillo/ITTO  

Sob o tema “Promovendo o Verdadeiro Valor Econômico da Natureza”, a Diretora Executiva da ITTO salientou a importância de testar abordagens de Pagamento por Serviços Ecossistêmicos (PSE), conforme evidenciado em projetos da ITTO. “As florestas fornecem muito mais do que madeira - elas regulam o clima, protegem nossa água e sustentam meios de vida”, disse. “Se não enxergarmos esses benefícios em nossos orçamentos e contas nacionais, corremos o risco de subvalorizar os recursos dos quais dependemos”, acrescentou.

Ela destacou a necessidade de avaliações específicas para cada sítio, baseadas no tipo de floresta, de padrões harmonizados e do uso de critérios e indicadores claros. Ela ressaltou ainda a importância da coordenação intersetorial e do enfrentamento de questões fundamentais, como a posse da terra, ao conceber esquemas de PSE que funcionem tanto para as comunidades quanto para os investidores.

(Este artigo foi traduzido com base no conteúdo oficial do site da ITTO) 

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