Em janeiro de 2024, o relatório do Índice Global da Madeira (Global Timber Index, GTI) mostrou que, devido ao impacto do período de festas de Ano Novo, houve uma redução geral no volume de transações do mercado de madeira nos países do GTI piloto. Os índices GTI da Indonésia, Malásia, Gabão, ROC, Brasil, México e China estão todos abaixo do limiar crítico de 50%, registrando respectivamente 45,7%, 26,8%, 31,4%, 34,7%, 47,2%, 32,4% e 34,1%. Alegremente, os índices de novos pedidos do Brasil, Malásia e ROC todos mostraram um aumento em comparação com o mês anterior, indicando uma certa melhoria no lado da demanda do mercado de madeira.

Como resultado do conflito no Mar Vermelho, a estabilidade da economia global e a estabilidade do transporte de carga foram impactadas. As empresas amostradas pelo GTI no Brasil, China, Malásia e Indonésia todas relataram aumentos nos preços do frete, reduções nas quantidades de envio e lentidão na velocidade do transporte. As empresas brasileiras sugeriram aumentar a segurança dos navios comerciais que atravessam o Mar Vermelho e aumentar o volume de transporte em rotas alternativas. Além das questões de transporte, os novos desafios enfrentados pelas empresas amostradas pelo GTI incluem: empresas no Gabão relatando uma falta de caminhos de vendas para seus produtos; atividades de produção desaceleradas na zona de Nkok devido à redução no número de pedidos. As empresas no México relataram grande volatilidade no número de clientes da indústria da madeira, o que torna o volume de pedidos instável. As empresas na China relataram uma queda na produção comparada aos anos anteriores, com custos crescentes devido à operação intermitente de equipamentos.

Embora o mercado de madeira esteja em baixa, alguns países fizeram progressos encorajadores no manejo legal e sustentável da madeira. Por exemplo, em 16 de janeiro, a ministra do Ambiente e Mudança Climática do Brasil (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, MMA), Marina Silva, anunciou no Fórum Econômico Mundial que ações de governança e monitoramento ambiental resultaram em uma redução de 50% no desmatamento ilegal na região amazônica em 2023, comparado a 2022, um efeito equivalente à redução de cerca de 250 milhões de toneladas métricas de CO2, enquanto o Brasil se esforça para alcançar desmatamento zero até 2030. O Instituto Nacional de Ecologia e Mudanças Climáticas do México (INECC) introduziu equipamentos inovadores que utilizam a tecnologia de espectrometria de massas em tempo real para realizar testes de "impressão digital" em madeira (AccuTOFTM DART® Express), capazes de identificar a madeira de forma rápida, precisa e relativamente econômica, determinando as espécies de árvores em pequenas amostras, contribuindo para o combate ao corte ilegal de madeira e ao seu comércio.

Relatório de Índice GTI-janeiro 2024-PT.pdf