Em março de 2025, o relatório do Índice Global de Madeira (GTI) compilou as atividades relacionadas ao setor madeireiro realizadas por 9 países piloto neste ano, incluindo feiras, conferências, treinamentos, entre outras, fornecendo apoio informativo para fortalecer a cooperação e comunicação no setor privado, além de promover o comércio de produtos de madeira legal e sustentável. 

O relatório do GTI mostrou que o mercado global de madeira teve uma recuperação no mês, com os índices do GTI de Gana, China e México acima do valor crítico de 50%, alcançando 64,2%, 58,1% e 50,3%, respectivamente, indicando uma tendência positiva no mercado madeireiro; enquanto os índices de GTI da Tailândia, Gabão, República do Congo (ROC), Brasil e Malásia ficaram abaixo do valor crítico de 50%, com valores de 46,7%, 44,7%, 40,9%, 35,0% e 20,1%, respectivamente, indicando que os setores madeireiros desses países ainda estão na área de contração. Entretanto, os subíndices do GTI indicaram que o setor madeireiro de vários países está emitindo sinais positivos de desenvolvimento. Por exemplo, a colheita e a produção de madeira aumentaram em Gana e no México; a demanda do mercado interno na China e na Tailândia cresceu em comparação com o mês anterior; e a retração no mercado de exportação do Gabão e da ROC foi atenuada.

Neste mês, vários países piloto do GTI relataram questões significativas relacionadas a tarifas. Por exemplo, as empresas de amostra do Gabão relataram aumento na taxa de exportação, empresas de Gana indicaram taxas de exportação altas e altas taxas sobre peças de equipamentos importados, o Ponto Focal do GTI-Brasil relatou que o aumento das tarifas dos EUA pode resultar em queda nas exportações de produtos-chave, como madeira compensada e madeira serrada, e as empresas do México também relataram que as tarifas elevadas estão dificultando o comércio internacional. Dado o cenário global de guerra tarifária, os comerciantes de madeira precisam estar mais atentos às novas políticas e dinâmicas de mercado, a fim de mitigar riscos.

Neste mês, os países piloto do GTI fizeram progressos positivos em relação à operação florestal sustentável. O relatório de pesquisa do Banco Mundial sobre a contabilidade do capital natural nos países da Bacia do Congo destacou que a cobertura florestal do Gabão alcança 90%, tornando-o um dos países com os ecossistemas tropicais mais ricos, com florestas montanhosas, florestas de baixada e manguezais bem protegidos; em 12 de março, o Gabinete do Comitê de Arborização da China divulgou o "Boletim de Situação de Arborização do Território da China em 2024", que revelou que, em 2024, a China plantou 4,446 milhões de hectares de florestas, alcançando uma cobertura florestal superior a 25% e um estoque de madeira superior a 20 bilhões de metros cúbicos, com novos avanços na arborização do território; o Ministro de Terras e Recursos Naturais de Gana pediu a criação de tribunais rápidos para processar rapidamente os responsáveis pela destruição das florestas de Gana, com o apoio do Ministro da Justiça e do Presidente do Supremo Tribunal, conforme mencionado em entrevista à mídia em 19 de março; em 20 de março, o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Brasil assinou um contrato de 61 milhões de reais brasileiros para formar um escritório de gestão municipal, com o objetivo de fortalecer a monitoração da destruição florestal em 70 municípios-chave da região legal da Amazônia.

Relatório GTI - Março de 2025.pdf