Em janeiro de 2025, o relatório do Índice Global de Madeira (Global Timber Index, GTI) revelou que o índice GTI de Gana atingiu 68,2%, subindo acima do valor crítico de 50% após um mês, indicando uma tendência de expansão nas atividades de produção e operação do setor madeireiro do país. Os índices GTI de Tailândia, República do Congo (ROC), China, México, Brasil, Gabão e Malásia permaneceram abaixo do valor crítico de 50%, registrando respectivamente 49,0%, 41,9%, 39,5%, 37,1%, 34,9%, 32,4% e 20,1%.

Em janeiro, diversas regiões do mundo observaram feriados de Ano Novo, resultando em flutuações sazonais nos mercados de madeira de vários países. Na China e na Malásia, o impacto dos feriados tradicionais do Ano Novo levou a uma diminuição na produção, pois os trabalhadores retornaram às suas casas para as festividades e as empresas reduziram voluntariamente a produção. As empresas piloto do GTI no Brasil também reportaram que os fatores de feriado em janeiro levaram a uma desaceleração nas aquisições de matérias-primas e na produção na indústria madeireira do país. Apesar do desempenho geralmente desfavorável do mercado global de madeira, os subíndices do GTI mostram diversos sinais positivos. Por exemplo, o setor de produção em Gana foi bastante ativo, e a Tailândia observou um aumento nos volumes de novos pedidos e pedidos de exportação em comparação com o mês anterior. Além disso, a demanda nos mercados internacionais de México e ROC mostrou-se estável.

Revisando o ano anterior, em um contexto de demanda internacional restrita, algumas indústrias de madeira nos países piloto do GTI resistiram às pressões e alcançaram um desenvolvimento robusto. Por exemplo, a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI) relatou que as exportações de madeira do Brasil foram relativamente estáveis em 2024, com um leve aumento nos últimos meses devido à liberação de congestionamentos nos portos e à liberação de pedidos antigos. Para os próximos seis meses, as empresas amostrais do GTI em Gabão, Gana, México e China demonstraram um otimismo relativo, com o índice de expectativas de mercado registrando 50% ou mais. Entretanto, as empresas amostrais do GTI na Malásia, Tailândia, ROC e Brasil mostraram uma falta relativa de confiança, necessitando de mais apoio governamental, organizações internacionais e medidas de auxílio associativo, antes que um sinal claro de expansão da demanda de mercado a curto prazo possa ser observado.

Relatório GTI - Janeiro de 2025.pdf